Banco de praça

A manhã se desenrolava como um novelo de lã. O sol de abril era tão luminoso e o céu tão azul que o coração de Clara se enchia de contentamento ao olhar as crianças brincando na praça. Resolveu sentar-se um pouco, embora não houvesse tempo.
Percebeu um banco que não havia notado. Bem tomado por florações azulejadas. Ao seu lado sentou-se um homem de uns sessenta anos e abriu uma caixinha enferrujada, de cores desgastadas, mas que podia se notar pertencera a uma criança.
Com sua licença, moça.
Clara aquiesceu com a cabeça e ele se sentou.


Esta é minha caixinha de tesouros. Ela estava bem à porta de minha casa hoje pela manhã, não é fabuloso? Quando nos mudamos da casa velha, eu não a encontrei. Acho que havia enterrado em algum lugar, mas ela me encontrou. Veja quantos tesouros a madureza me concedeu, além de filhas maravilhosas e um chefe boa pessoa, tenho agora o passado de volta embrulhado como que em raios de sol. Um sol assim de abril, mesmo.
 Se vocês querem ver o final do conto, é só esperar um pouquinho, e adquirir o livro a bordadeira e a contista, que ainda está no prelo!

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